Olá amigos! Achei uma matéria muito interessante na Revista Uma/ Edição 104, e decidi compartilhar com vocês. Em tempos de pressão e estresse, vale a pena cuidar do corpo e ficar atento aos sinais do nosso corpo!
BOA LEITURA!
Lidar com as pressões cotidianas, em qualquer que seja a profissão,
muitas vezes pode nos levar ao limite do nosso desgaste. Quando o
estresse se reflete em cansaço no fim do dia, mas uma boa noite de sono
se encarrega de renovar as energias, é sinal de que você pode precisar
de férias, algo completamente normal em determinadas fases do trabalho.
O problema é quando a situação de desgaste é tanta, que afeta a
memória, a disposição física e impede o indivíduo de seguir com o resto
de suas atividades.
Um alerta importante para todos que trabalham demais ou acham que podem
administrar várias coisas ao mesmo tempo: Cuidado! Ou você para, ou seu
corpo para por você!
A estafa ou o esgotamento profissional é resultado de um processo
iniciado com excessivos e prolongados níveis de estresse no trabalho.
De acordo com uma estimativa divulgada em 2008 pelo Isma Brasil, que
desenvolve trabalhos para controlar o estresse, cerca de 30% dos
trabalhadores brasileiros são afetados pelo mal.
“A Síndrome da Estafa Profissional, ou Síndrome de Burnout, descrita em
1974, é uma doença psicológica caracterizada por um sentimento de
fracasso, exaustão emocional, redução da realização pessoal e
insensibilidade do indivíduo em relação ao seu trabalho e todos aqueles
envolvidos no exercício de sua profissão”, explica a psiquiatra do
Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de
São Paulo, Alexandrina Meleiro.
Sabe a máxima que diz que quando não ouvimos nosso corpo, ele para por
nós? É exatamente por aí. “A Síndrome da Estafa Crônica pode ser
identificada quando os sintomas não desaparecem mesmo após um período de descanso ou afastamento”, afirma a especialista.
Dor de cabeça, insônia e problemas gastrointestinais são alguns dos
sintomas físicos que podem aparecer em conjunto com o cansaço excessivo
e aparentemente não justificado.
Conhecida também como Síndrome do Esgotamento Profissional, a Síndrome
de Burnout é resultado de um processo iniciado com excessivos e
prolongados níveis de estresse no trabalho.
De acordo com a psicóloga Malu Rossi, do Centro Psicológico de Controle do Estresse, a doença afeta especialmente os profissionais obrigados a
manter contato próximo com outras pessoas, como médicos, enfermeiros,
bombeiros, policiais, professores e psicólogos.
“Os funcionários de companhias aéreas, devido aos acidentes e
transtornos que têm atingido atualmente a Aviação Brasileira, também
estão no grupo de alto risco para desenvolver a síndrome”, informa a
psicóloga.
Segundo o livro Burnout: Quando o Trabalho Ameaça o Bem-Estar do
Trabalhador, da psicóloga Ana Maria Benevides Pereira, publicado em
2002, boa parte dos sintomas também é comum em casos de estresse
convencional. A diferença é que o profissional com estafa crônica passa a tratar mal
os colegas de trabalho, amigos, familiares e até mesmo as pessoas de
quem deveria cuidar. Uma das principais causas da síndrome é a baixa
realização profissional, com longas jornadas de trabalho, sobrecarga de
tarefas e salário abaixo do esperado ou merecido.
O termo Síndrome de Burnout resultou da junção de burn (queima) e out
(exterior), ou seja, quando a pessoa está física e emocionalmente
abalada, resultando em exaustão e em um comportamento agressivo e
irritadiço. Como o tratamento da síndrome é feito por meio de acompanhamento
psiquiátrico e psicoterápico, muitas vezes é necessário o uso de
medicamentos, como analgésicos, ansiolíticos ou antidepressivos, por
isso é essencial procurar perceber os sintomas e buscar ajuda antes que
seja necessário gastar tempo e dinheiro cuidando do problema.
A principal diferença da estafa para a depressão é que na primeira a
irritabilidade é muito maior do que a tristeza, que caracteriza o
quadro depressivo. Logo, se você está sentindo seus nervos à flor da
pele sem nenhuma chance de controle ou melhora a curto prazo, vale a
pena rever seus conceitos: será que não há como mudar sua realidade
profissional? Ou ao menos buscar formas de tornar sua vida fora do
trabalho mais saudável e divertida?
“As vítimas da síndrome podem desenvolver dores musculares, enxaqueca,
gastrite, síndrome do intestino irritável, insônia e, até mesmo,
doenças graves, como hipertensão, diabetes, alcoolismo, dependências de
outras drogas e depressão. Muitos acabam precisando se afastar do
emprego. Desses, apenas um terço consegue retornar”, alerta a
psiquiatra Alexandrina Meleiro, da USP.
Então, antes que seu corpo trave e seja preciso tomar uma atitude mais
drástica, procure desde já colocar mais positividade em seu dia a dia. Praticar exercícios, ter horários regulares de sono (mesmo que você
trabalhe à noite e seja preciso dormir de dia) e buscar mais qualidade
de vida, mesmo que isso signifique uma queda nos ganhos mensais, sua
saúde agradecerá. Sim, é isso mesmo: o ideal é mudar de vida, senão as
consequências podem ser muito mais graves.
Primeiro, é necessário identificar as causas do estresse para aprender
as melhores formas de se adaptar. Para tanto, a psicoterapia é um dos
métodos mais eficientes.
“Desenvolver uma atividade social ou voluntária, por exemplo, também
ajuda o paciente a dar uma nova dimensão para sua vida. Recomenda-se
ainda adotar uma alimentação saudável, evitar o cigarro e as bebidas
alcoolicas, dormir bem e praticar uma atividade física prazerosa”, afirma Alexandrina.
A doença pode afetar de executivos a donas de casa. Em comum, pessoas
propensas à síndrome costumam ser críticas, muito exigentes consigo
mesmas e com os demais, e possuem maior dificuldade em lidar com
situações. “A pessoa é carreirista, ambiciosa e se excede nas horas de
trabalho, imaginando-se insubstituível”, explica a psicóloga. Só que os hospitais e consultórios médicos estão cheios de pessoas
insubstituíveis que são forçadas a parar de trabalhar pelas mais
diversas doenças.
As 5 fases da síndrome
1- IDEALIZAÇÃO: acredita que vai mudar tudo, que fará um trabalho
impecável. É a fase inicial na qual o indivíduo demonstra enorme
empenho.
2- FRUSTRAÇÃO: depara-se com as restrições de pessoas e do local de
trabalho, em face das mudanças que imaginava promover.
3- INDIFERENÇA: passa a executar as tarefas mecanicamente e torna-se
gradualmente frio e muito crítico, falando mal da empresa e dos colegas.
4- ADOECIMENTO: aparecem sintomas psicossomáticos (ansiedade,
depressão) e distúrbios físicos, determinando muitas vezes o
afastamento.
5- RESSURGIMENTO: os estudos mostram que 30% dos pacientes conseguem transformar o próprio trabalho, outros 30% adoecem e são
afastados definitivamente, enquanto os demais mudam de ramo.
Causas, sintomas e tratamentos
CAUSAS:
* Tempo insuficiente de descanso e de férias
* Envolvimento excessivo com o trabalho
* Sensação de incapacidade e incompetência
* Alta expectativa com relação ao trabalho e consigo mesmo
* Frustração ao se deparar com a realidade
* Raiva
* Inadequação pessoal
* Problemas financeiros
* Falta de estrutura emocional para lidar adequadamente com perdas e frustrações
SINTOMAS GERAIS:
* Irritabilidade
* Pessimismo
* Baixa autoestima
* Frustração
* Falta de energia
*Despersonalização: vítima passa a tratar os outros de forma fria, como se fossem objetos
* Distanciamento emocional e social
* Desmotivação
* Afastamento dos familiares e dos amigos
SINTOMAS FÍSICOS:
* Alcoolismo
* Compulsão por comida
* Depressão
* Dor de cabeça
* Dores musculares
* Dor na coluna
* Gastrite
* Hipertensão arterial
* Insônia
TRATAMENTOS:
* Psicoterapia
* Afastamento do trabalho
* Realização de atividades físicas com regularidade
* Envolvimento com trabalhos voluntários ou sociais
* Bom sono
* Cultivar e manter interesses diversos fora da área profissional
* Manter equilíbrio entre a vida profissional e a familiar
* Fazer relaxamento ou meditação
* Alimentação balanceada e em horários regrados
Fonte: Revista Uma/ Edição 104
Por Isabelle Lindote
FIM
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Portanto caros amigos, espero tenham gostado!
Amanha tem mais post.
NÃO SE ESTRESSE COM A VIDA!