- Primeiro
presidente americano de origem africana, Obama foi escolhido por seus
esforços na redução dos estoques de armas nucleares e por reiniciar o
estagnado processo de paz no Oriente Médio
O secretário de imprensa da Casa Branca, Robert Gibbs, ligou para Obama acordando-o com a notícia. "O presidente ficou lisonjeado por ser escolhido pelo comitê", afirmou o representante.
O comitê também citou os "esforços extraordinários" de Obama para "fortalecer a diplomacia e a cooperação entre os povos". O prêmio no valor de 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,4 milhões) será entregue em Oslo, a capital da Noruega, em 10 de dezembro.
O anúncio causou surpresa. Além de Obama, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, era um dos candidatos, mas ambos não eram tidos como favoritos.
As indicações são feitas por milhares de pessoas de todo o mundo, tais como parlamentares, ministros, ganhadores de anos anteriores, professores universitários e membros de organizações internacionais. Os nomes são mantidos em segredo pelo comitê, mas alguns acabam vazando.
Para a edição deste ano, foram 205 indicados, entre pessoas e organizações. "Trata-se de um número recorde, depois de 2005, quando foram apresentadas 199 candidaturas", informou o diretor do Instituto Nobel, Geir Lundestad.
O comitê, que esperou até o último momento, fez sua escolha em uma última reunião celebrada na segunda-feira (5). Dada a quantidade de indicados e sem um grande favorito, o Comitê Nobel precisou se reunir neste ano mais vezes do que o habitual para poder designar o premiado.
"Tivemos mais reuniões que de costume, pois desta vez havia um grande número de candidatos, porque dois de nossos membros são novos e porque tentamos utilizar o tempo que temos para fazer a melhor escolha", disse Lundestad.